Autor: Edson Amorim
Meu ingênuo coração desavisado
Estava a tempo carente, estava só
Triste e solitário que dava dó
Num piscar viu-se apaixonado !
Por um olhar libertino foi atraído
E por impulso do gostar ele sorriu
E suas inocentes portas logo abriu
Estava, assim, cego e iludido !
Depressa de corpo e alma se entregou
Ao clamor da razão não obedeceu
E enganado e aliciado ele cedeu
Aos vis encantos que o dominou !
Mas por detráz daquela encantada beleza
Estava a farsa e a trapaça escondida
E o desencanto e o desprazer da vida
Disfarçada de humilde realeza !
Coração que tentou entender o que não podia
Por dentro chorava a desilusão
Em prantos melancólicos de paixão
Que pela alma, como sangue, escorria !
Refeito, ele reviu os conceitos da atração
E a triste experiência num canto ele guardou
E novas forças o reergueram e o reanimou
Hoje é um cauteloso e avisado coração !!
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