Autor: Edson Amorim
Hoje já um pouco velho
Vi-me para as mãos olhando
E meu saudoso pensamento
Ao longínquo passado foi voando
E de boas ações que fizeram
Fiquei ali relembrando !
Mãos que me orgulho delas
Eu ali pensava sozinho
Como elas já me serviram
Neste sofrido e árduo caminho
Foram ferramentas que usei
Pra dar e receber carinho !
Mãos vezes fortes, vezes fracas
Vezes tremeram de emoção
Vezes cobriram o meu rosto triste
Vezes entrelaçaram outras mãos
E muitas vezes se ergueram aos céus
Quando fiz a Deus uma oração !
Mãos que os amigos saudaram
Com cordial aperto de mão
Mãos que sementes plantaram
E que colheram a produção
Mãos que sempre labutaram
Honestamente pelo pão !
Mãos que muito acolheram
Mãos que doaram alimento
Mãos que afagaram o amigo
Para suavizar seu sofrimento
Mãos que deram adeus
Em tristes e alegres momentos !
Mãos que vezes aplaudiram
Outras vezes protestaram
Por injustiças presenciadas
Em situações que marcaram
Mas nunca roubaram ninguém
E a nenhuma vida tiraram !
Mãos que trazem as marcas
Do que fiz e onde passei
Dos embates desta vida
E das durezas que enfrentei
De quando escreveram versos
E das lidas que trabalhei !
Mãos que os filhos abençoaram
Mãos que usaram aliança
Mãos contritas e prostradas
Que me trazem grande esperança
De que Deus as tomará nas Suas
Ao dar-me o Céu como herança !!
Nenhum comentário:
Postar um comentário